quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Sapato, scarpa, chaussure, zapato, schuh…!

Sapato, scarpa, chaussure, zapato, schuh…!


“Put on your red shoes and dance the blues” 
David Bowie



                     Sapatos, sapatos, sapatos. Desde criança, mulheres em especial, gostam de sapatos. Terão nascido assim ou terão aprendido a amá-los?

                       Eu me lembro que, na idade de 4 ou 5 anos, desejei que minha mãe comprasse um sapatinho de verniz vermelho mary-jane que eu havia visto em uma loja de sapatos. Fiquei muito triste porque ela os comprou pretos, dizendo que vermelho era uma cor vulgar. Somente muito mais tarde, com várias sessões de divã, consegui me livrar deste “trauma”…

                                                    Sapato Mary-Jane


                    São poucas as mulheres que conheço que não adoram possuir sapatos - muitos deles! Mulheres de todas as faixas etárias e classes sociais. As muito abastadas amam possuí-los, de todos os formatos, cores, alturas e modelos. Para cada par que compram, existe uma justificativa irrefutável. Pares e pares ficam estocados nas prateleiras dos armários, quando ali cabem. Quando muda a estação, são guardados em suas caixas e vão para algum outro pouso, para dar lugar aos novos que chegam. É um vai e vem que nunca tem fim e o descarte é impensável.  Cada par traz sentimentos infinitos; amorosos ou raivosos mas que jamais serão esquecidos. O mote é colecioná-los porque parece existir uma Imelda Marcos dentro de toda mulher.

                    Além disso, existe todo um ritual para limpá-los. Muitas, as mais exigentes e economicamente dotadas, após algumas semanas de uso, os levam ao sapateiro para uma limpeza especializada. Outras, os higienizam em casa com desinfetantes, álcool, flanelas especiais e uma mãozinha de creme importado ou graxa. Muitas os deixam respirar em compartimentos com aparelhos especiais que retiram os ácaros do ar evitando, desta forma, o bolor. Quase todas, colocam seus sapatos em saquinhos de TNT que “respiram” e tem alguma forma de visor para poderem identificá-los. Quem não, escreve o modelo do sapato nas caixas de papelão. Atualmente, existem no mercado caixas totalmente transparentes, empilháveis e ventiladas. Isto tudo, para falar de usos e costumes mais atuais.


 Quanto à moda, sem voltar demais na história, pois existem muitos livros especializados nesta área, vou dar um enorme “salto”, apenas citando aqui grandes mestres do design como; André Perugia, Roger Vivier, Manolo Blahnik, David Evins, Patrick Cox, David Little, Salvatore Ferragamo, Jimmy Choo, Vivienne Westwood, Christian Louboutin, entre outros, que fizeram e ainda dão grandes contribuições, sejam técnicas como criativas,  nos séculos XIX, XX e XXI.

                     Mas quem são os designers de calçados, por trás das grifes nacionais, que se apresentam ao consumidor de hoje? Será que o que vemos nas revistas e lojas locais são realmente criações originais? Tenho muitas dúvidas pois já encontrei muitos produtos, em lojas muito conhecidas, que eram a reprodução exata de modelos da Gucci, Fendi, Ferragamo entre outras.

                     Obviamente, existem estilistas nacionais renomados que desenvolvem trabalhos interessantes, mas na história do sapato, em termos de estilismo, quase tudo já foi inventado e o que vemos nestas coleções é sempre uma reedição, uma busca no retrô, do déjà vu. Creio estar faltando muita pesquisa, em termos de novas tecnologias e novos materiais os quais trarão estéticas inéditas. O resto é um eterno cansaço. Pastiche sonolento. Nos últimos desfiles das Fashion Weeks, vi alguns sapatos mal elaborados, deformando o passo e o posicionamento dos pés da modelo. Faltou técnica, modelagem, pesquisa.


Sapato conceito do futuro / Yves Behar, Johan Liden, Geoffrey Petrizzi

                        Por volta de 1957, Raymond Massaro, criou para a casa Chanel o famoso sapato com biqueira preta (hoje oferece sete alturas de salto). Foi um furor.


 
Sapato Chanel - Raymond Massaro

                         Na década de 1990, era muito chique usar sapatos com linhas puras, onde sapatos combinavam com a bolsa formando um conjunto harmonioso. Este padrão engessado, durou longos anos. O tempo dos “combos”. Saltos e biqueiras confortáveis para o mercado de trabalho. Nesta época os sapatos eram chamados “clássicos”. Quase sempre com a gáspea lisa ou com um pequeno detalhe; uma fivelinha, um repuxado no canto, um lacinho delicado e uma florzinha. O sapato estava domado, domesticado. As cores eram bem sóbrias como preto, azul marinho, marrom, bege, cinza e algumas tonalidades próximas. Em 1995 Vivienne Westwood e Christian Louboutin puseram o vermelho em linha. Ele pintou suas solas de vermelho vivo - sua marca registrada. 

                    Louboutin, abriu sua loja no Brasil, em São Paulo, e é considerado o designer francês de sapatos, favorito de reis, rainhas e da hight society. Insuperável pela sua exclusividade, elegância e pelo design que ele chama “sapatos de Cinderela”, deixou-se fotografar, em frente à sua loja, descalço. Tirem vocês as suas conclusões. Bicos finos, saltos altos, cores vivas, o vermelho, o brilho, sempre foram atrativos eróticos.


Sapato Louboutin - sola vermelha, sua identidade

                       Hoje, vemos sendo relançadas todas as tendências; sapatos abotinados, plataformas - cujo auge foi na década de 1960 - ousadias insanas, saltos estratosféricos, mix de materiais erzats, fivelas dominatrix, correias, correntes, cordões, releituras back to the future; mesmo porque, Chanel, nos anos 1990, já se apropriara do look fetiche no seu clássico sapato de dois tons.


Casa Chanel 1990 / Sapato Fetiche

                     O centro das atenções e da atração volta-se hoje novamente aos pés. Agora os sapatos se oferecem para todos os momentos, gostos e justificativas. Não existem regras de uso e sim o desarranjo, o desconstruir - libertos de combinações. 

                      Desde a antiguidade, os sapatos sempre foram objeto de veneração,  mas o fetichismo só surgiu com este nome no sec. XIX, como uma reação à repressão e ao puritanismo vitoriano. Dr. Freud escreveu um artigo tardio sobre fetichismo, em 1927.

                     Alguns sinais imagéticos do fetichismo são os sapatos pretos de verniz e os saltos muito altos e finos que conotam submissão da mulher pela impossibilidade de seu movimento. São sapatos providos de cadeados, correntes, tachas ponteagudas (cravos) e tiras de couro. Todos estes elementos servem para causar satisfação pulsional, sendo o sapato um objeto erótico para prática sexual. Os sapatos fetiche transformam quem os usa em objeto.






Sapatos Fetiche /  Christian Louboutin
                     Alguns sinais imagéticos do fetichismo são os sapatos pretos de verniz, os saltos muito altos e finos que conotam submissão da mulher pela impossibilidade de seu movimento. Sapatos providos de cadeados, correntes, tachas ponteagudas (cravos), tiras de couro. Todos estes elementos servem para causar satisfação pulsional tendo o sapato como objeto erótico para prática sexual. Os sapatos fetiche transformam quem os usa em objeto.


Modelo de sandália atual

                    A análise psicanalítica, segundo Dr. Freud, faz o “fetiche aparecer como o substituto do falo da mulher (mãe) em que a criança acreditara e ao qual não quer renunciar. A criança se recusa a tomar conhecimento do fato, de sua percepção, de que a mulher não tem pênis, para com isso fugir à ameaça de uma eventual castração.”

                   No indivíduo fetichista existe uma renegação da realidade externa, uma renegação da castração. Assim como a mulher não tem pênis na realidade, ele encarna o objeto que supostamente falta substituindo-o por um outro objeto da realidade, isto é, o objeto fetiche. A eleição de tal objeto lhe permite não renunciar ao falo na  mulher.

                     Quando perguntado sobre o assunto, o Dr. Paul Kardous, analista Lacananiano, disse que  “o fetiche é uma perversão e não uma psicose. Porém o fetiche, na neurose, pode ser um meio para esquentar, propiciar, apimentar, a relação. Nestes  casos, que são os mais frequentes, o fetiche é usado como um meio para se atingir um fim, que é a satisfação da pulsão, isto é, o gozo.  Assim sendo, o fetiche é de uma estrutura perversa quando utilizado apenas e tão somente com objetivo final da relação e, neurótico (normal) quando usado enquanto meio para se atingir um alvo para além deste objeto.



                      Estruturalmente, o fetiche é um artifício para se negar (na neurose) e ou desmentir (na perversão) a castração feminina. Portanto, enquanto perversão, só cabe aos homens.” E para a mulher? Qual é a origem do fetiche feminino, para sua compulsão consumista especificamente voltada os calçados? O objeto fetiche é exclusivamente masculino. Para a mulher existe a condição da objetificação. Resta saber se ela está consciente disso.

                     Um sapato, entretanto, não chega a ser um objeto que é abstraído de sua função. Se pensarmos em sua função básica, serve para proteção dos pés. Mas pode vir a sê-lo se for usado por uma única vez e/ou transformar-se em objeto de uma coleção. Na coleção o objeto, uma vez funcional, torna-se objeto de posse - passivo. Assim a coleção é como um jogo passional que, na psicanálise, é interpretada como regressão ao estado anal, que se traduz por condutas de acumulação, ordem e retenção agressiva.

                     O extremo amor e prazer de quem os coleciona vem do fato de que o objeto colecionado lhe parece único e exclusivo. Há o fascínio da singularidade absoluta e da série indefinida. Um jogo até que a vida dure. O objeto colecionado é achado, ordenado, classificado, finalmente exibido, sendo um espelho perfeito do colecionador, aplacando a sua alma de todas as tensões e neuroses do dia a dia. O homem para ele regressa (o objeto), à ele se recolhe, encontrando sua paz temporária e ilusória.

                     Colecionar sapatos pode ser um caso extremo mas, existem ainda outros comportamentos de equilíbrio neurótico. Pesquisei consumidoras de alto poder aquisitivo, em loja de artigos femininos, retornando repetidamente às compras, para compra de produtos. Ao serem perguntadas se os necessitavam, responderam negativamente, mas que estavam sempre em busca de novidades.


Coleção

                     Neste padrão de conduta muitas vezes levavam produtos emprestados tal a carência, indefinidamente renovada e sistematicamente frustrada.

                     Não há dúvida de que o mundo dos objetos é extremamente sedutor, se pensarmos na forma de como viemos fazendo até agora, sempre conectados ao aumento da disponibilidade de bens e recursos naturais consumíveis para nosso má-ximo bem estar.

                         Para estas consumidoras só existe o comprar, comprar, comprar, para sua aparente satisfação pessoal ou sua profunda insatisfação interior inconsciente. Entretanto, deveremos pensar numa nova estratégia. Na reeducacão de nossos hábitos, desligando nosso piloto automático, pensando na suficiência, num drástico repensamento no nosso conceito de bem estar.

                          Em face de momentos de crise econômica mundial, será que começam a existir limites na consciência dos consumidores? A condição planetária e as questões de sustentabilidade estarão sendo condicionadoras para novas formas de consumo e da idéia de bem estar? Haverá maior conscientização sobre as civilizações carentes no globo? Haverá maior conscientização sobre os danos materiais, conflitos étnicos, fome, instabilidade política, saúde e felicidade humanas? Quantos 50, 100, 200, 500 sapatos precisaremos comprar antes de podermos sustentar novas éticas para um futuro melhor?


Foto Michael Roberts

Notas Bibliográficas:

Thomas, Dana. Deluxe - How Luxury Lost its Luster. London, England: Penguin Books Ltd., 2007

Baudrillard, Jean. O Sistema dos Objetos, 1968

Kaufmann, Pierre. Dicionário Enciclopédico de Psicanálise – O Legado de Freud e Lacan, 

Paris, France: Édition Bordas, 1993; Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar Editor Ltda, 1996

MacDowell, Colin. Manolo Blahnik,  2000

Ricci, Stefania (a cura di). Museo Salvatore Ferrgamo, Idee, Modelli, Invenzioni. Livorno, Italia: Sillabe, 2004

Créditos Fotográficos:

Linda O’Keeffe, Sapatos

Revista Tank, Volume 3, Issue 10, 2004

Harper’s Bazar, February, 2009

Colin MacDowell, Manolo Blahnik,  2000

Desenho:

Suzana M. Sacchi Padovano

Agradecimento:

Psicanalista Dr. Paul Kardous



terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O Tempo na Moda

O Tempo na Moda


“O homem domesticou o tempo ao criar o relógio de pulso”
Baudrillard

Com os desfiiles das coleções de inverno em São Paulo e no Rio temos um assunto em maior evidência para se comentar – a Moda. Existem muito cronistas de Moda mas poucos críticos e pensadores sobre ela. Baudrillard em seu livro “Sistema dos Objetos” cita alguma coisa sobre um ponto de vista da semiótica, assim como Lipovetsky em “O Império do Efêmero” que se debruça sob seus aspectos sócio-culturais.

Nestas semanas de moda, acompanhando os desfiles, senti pouco interesse estético. Praticamente todas as coleções não apresentaram nada de realmente novo. O que vem existindo é um pastiche, uma suplementação, uma recorrência de estilos passados que na maioria das vezes dá lugar ao caos. É o “going back to go to the future” (voltar ao passado para se chegar ao futuro). E o que é engraçado ou triste é o fato dos comentaristas na TV não apresentarem nenhum discurso interessante. Eles apenas descrevem o que já estamos vendo – que a saia é mini, que tem babados, que tem recortes ou brilhos enfim pouca cultura ou conceitos veiculados. Claro que existem trabalhos de estilistas muito válidos, mas poucos...

Mas não é sobre os desfiles e as últimas coleções o que quero escrever. Como a moda é o espelho da sociedade e estudá-la e tentar compreendê-la irá contribuir para a compreensão de nós mesmos, pensei em abordar um assunto que acho bastante interessante - o tempo. Como ele é sentido por nós na sua irreversibilidade, desde nosso nascimento até a nossa morte e como ele é representado e apreendido na moda nos últimos tempos.

Sim, porque falar sobre o tempo é algo muito complexo e extenso que pode ter um viés científico ou filosófico, mas não pretendo fazê-lo desse jeito. Quero escrever sobre os relógios de pulso que, notadamente, nas últimas coleções européias vem tomando grande destaque dentre os acessórios femininos.


Até uma década atrás aproximadamente era prerrogativa masculina o uso de relógios grandes. Entretanto com o passar do tempo e o crescente poder das mulheres nos vários ramos profissionais, este item passou a possuir não somente sua função denotativa objetiva mas suas funções conotativas como signos estatutários e ostentatórios adquiriram relevância qualificando seu usuário de determinada posição na pirâmide social ou cultural.


Assim a grife do relógio torna-se tão ou mais importante do que saber que horas são, uma vez que o saber das horas pode ser conhecido de inúmeras outras formas como no celular, no carro, em pontos públicos etc..
Existe uma concorrência acirrada entre as grifes tradicionais das grandes joalherias tradicionais como por exemplo Rolex, Boucheron, Movado, Cartier, Patek Philippe e a das grifes de moda como Coach, Dolce e Gabbana, Gucci, Hermès, Fendi, Dior, Versace entre outros.


Anderson Cooper
Relógio Fendi

Em 2005 a Fendi lança tendência com um super relógio 4X4 cm e no editorial da Vogue americana do mês de de novembro de 2005 uma super modelo posa com um super relógio; algo super inusitado! Mas ainda é lançamento. Poucas usam ou ousam.

Reetrocedendo oum pouco no tempo, em 2004 começa a tendência dos super anéis, os chamados anéis de coquetel, do tamanho do anular, feitos com citrino, diferentes típos de quartzo e diamantes. 

Anéis de cocktail
Em 2008/9 os acessórios ficam cada vez maiores; brincos, pulseiras, colares tornam-se gigantescos, brilhantes, pesados, massudos. Na minha opinião pouco ergonômicos porque possuem pontas agudas que podem perfurar a pele, as roupas, embaraçar os cabelos. São muito pesados porque são feitos de gemas verdadeiras e não plastificados.

Super colar
Quem irá usá-los? Sem falar que são esteticamente bastante grosseiros. Essa tendência já chegou até o Brasil em algumas lojas de bijoux sofisticadas mas apresentam os mesmos resultados desanimadores.

Na corrente do gigantismo estão os chamados relógios poderosos ou como chamam os americanos “power watches”. Surgiram para reforçar o poder as mulheres profissionais, se é que as verdadeiras precisam deste recurso…

Passendo por aí vi inúmeros pulsos de brasileiras adornados por relógios douradíssimos, exageradamente grandes, com corrente metálica, estilo Rolex masculino, todos praticamente iguais à primeira vista. Com grifes indefiníveis. Num primeiro olhar, conotando prestígio, aristocracia e “ócio”. Sem dúvida objetos cuja  ênfase é dada à aparência e ao “poder”.

Rolex de ouro e brilhantes

Entretanto percebe-se aí uma grande contradição de uso.  Estas consumidoras buscando uma identidade ou personalização através do uso de uma grife (de difícil visualização), do simulacro do ouro (dourado) e do poder (tamanho gigante), acabam por despersonalizar-se e seu objeto de desejo acaba por perder-se na extensa malha dos objetos de menor taxa de originalidade, dos objetos erzats ou objetos simulacros, na massificação dos gostos, na generalização e nivelação dos atos e opiniões.

A moda é uma grande impostora, criadora de ilusões. Ela tem uma rapidez tanto de produção como de consumo próprias. O consumidor está sempre ávido por novidades e ambos se auto alimentam criando o objeto supérfluo, com sua obsolescência programada. Neste ciclo o usuário então sente-se fora de moda, inadequado e com medo da rejeição, pronto para um novo "novo" que já está sendo novamente lançado…

Desta vez o novo é a volta ao velho, ao passado, ao retrô, ao “vintage”. Novos editoriais de moda em 2009 nos mostram relógios pequenos ou médios, bem femininos, com correias finas e delicadas trabalhadas seja em couro, douradas ou em ouro…

A moda dá voltas

Relógio tamanho médio

Relógio estilo retrô ou "vintage" da vovó
Assim cria-se uma congestão de produtos inútes onde o “mais consumo” ainda é considerado “bem estar” mas que nada tem a ver com responsabiilidade ambiental e sustentabilidade. Milhares de grifes de relógios continuam a perpetrar diferentes estilos e modelos cada ano com pequenas alterações em tamanhos criando assim novas “necessidades” alienadas da questão planetária.

Atualmente comenta-se que as pessas estão desistindo de usar relógios um função das novas tecnologias - o uso constante dos Smartphones, Pads e outros. Mas há quem ainda o considere importante elemento de estilo e status. Pessoalmente acho relógios de pulso mais práticos do que ficar abrindo o celular, além do prazer estético de cada moldelo.

Como disse Baudrillard, “o homem já conseguiu domesticar o tempo pela criação do relógio de pulso”. Pergunto eu, conseguirá ele “domesticar” seus critérios éticos, tecnológicos e culturais?
É o que se espera urgentemente agora.


Suzana M. Sacchi Padovano
Créditos:

Foto Mr A. Cooper /Hillary Walsh
Demais fotos: Revistas Vogue America 2004/2005/2008
Elle America 2008
Fevereiro 6, 2009